Plano de Ação para o Desenvolvimento Digital das Escolas
PREÂMBULO
“Uma organização que aprende é a que tem uma competência nova, que a capacita para, ao aprender colegialmente com a experiência passada e presente, resolver criativamente os seus problemas”. (Bolivar, 2003)
O Plano de Ação para o Desenvolvimento Digital das Escolas (PADDE) tem por base o quadro conceptual dos documentos orientadores desenvolvidos pela Comissão Europeia, designadamente o DigCompEdu e o DigCompOrg, e pretende ser um instrumento orientador e facilitador da adaptação e implementação das tecnologias digitais nos processos de ensino e aprendizagem. O pressuposto de que o professor, para além de transmitir os conhecimentos, é aquele que planifica, coordena, projeta, incentiva, orienta, sensibiliza, promove, reflete, dialoga, investiga, medeia, avalia… passou a residir em todos os agentes educativos, independentemente do contexto escolar em que se encontrem. Deste modo, as áreas de intervenção do PADDE incidirão nos diferentes domínios da organização escolar no âmbito das tecnologias digitais: Envolvimento profissional, Recursos digitais, Ensino e Aprendizagem, Avaliação das aprendizagens, Capacitação dos aprendentes, Desenvolvimento profissional contínuo e Liderança.
A elaboração deste Plano, do ponto de vista metodológico, teve em linha de conta uma multiplicidade de etapas, considerando-se como fundamentais as de:
- Recolha de evidências: a partir da informação recolhida por processos de diagnóstico;
- Análise dos dados: interpretação e reflexão sobre os resultados alcançados;
- Elaboração: definição do Plano de Ação para o Desenvolvimento Digital;
- Implementação: período temporal em que o plano é desenvolvido na prática;
- Monitorização das ações e avaliação: aferição e adequação dos níveis de implementação e consecução dos objetivos definidos no plano.
A criação de ecossistemas de desenvolvimento digital deverá considerar que a capacitação dos docentes e de outros profissionais de educação terá um papel determinante no alicerçar da integração transversal das tecnologias de informação e comunicação. Com esta integração, pretende-se potenciar os processos de inovação através do digital nas escolas e adequá-los aos contextos e desafios atuais da nossa sociedade. Nesse sentido, deverão ser definidas metas e planeadas ações para concretizar o Plano, bem como mecanismos de monitorização que possam aferir o progresso e verificar os resultados, como fatores fundamentais para o sucesso da Escola.